Thursday, April 26, 2012

books

E porque a vida aqui não é só trabalho e festas, há também que falar de livros!

Eis que comecei a minha vida no Brasil com umas leituras softs: Jane Austen (Pride and Prejudice seguido da minha prenda de natal: Persuasion) e depois a coisa complicou-se! Já só tinha o Catch 22 para ler (do Joseph Heller), mas apesar de já conhecer o filme, e adorar a paródia militar toda, tive algumas dificuldades para ler este livro. Tem demasiados termos militares que não são assim tão fáceis de entender, mais porque uma pessoa não tem bem a certeza se é mesmo aquilo que significa uma vez que a situação em que se encontram algumas palavras já são tão surreais e absurdas, que a sua tradução verdadeira só iria tornar ainda mais absurda a coisa - prefiro não acreditar que estou mesmo a ler certa frase da forma correcta.

Em algumas livrarias já se consegue obter uma maior variedade de livros em Inglês (porque ainda fico ligeiramente incomodada com traduções para "brasileiro" - irrita-me só um bocadinho) e encontrei um poket book do Alexandre Dumas - The  Three Musketeers, que no bolso não cabia de certeza... Bom, adorei o livro, ri muito, fiquei ansiosa com as aventuras todas, a escrita é fantástica (nada de demasiado histórico, se fizermos uma comparação estúpida com Tolstoy) e fiquei com pena quando acabou! (esta semana comprei o The Count of Monte Cristo, já está preparadinho para ser devorado, eheheh)

Logo de seguida dei mais uma lambidela no livro do Pedro Rosa Mendes - Baía dos Tigres. Um conjunto de histórias recolhidas numa viagem de Angola a Moçambique, em que o próprio percurso feito pelo autor já é uma história e tanto! (para não falar das censuras que vieram a seguir, nomeadamente no início deste ano, há coisas giras nos tempos de hoje) Vale muito a pena ler. Eu li antes de ir a Angola, e voltei a ler agora, e continuo a ser absorvida. Até porque as personagens são reais, fala-se da guerra (das guerras), dos sobreviventes, dos lugares que foram, e que deixaram de ser, das minas, da pobreza, da noite, da morte, dos culpados e dos inocentes, de tudo.

E agora numa nota completamente diferente, estou em vias de terminar The Unbearable Lightness of Being, de Milan Kundera. Com algumas introduções à guerra e censura, faz-se uma dissertação sobre relacionamentos, sentimentos profundos, amor/paixão/compaixão, tudo usando como medida o "peso", a leveza ou o pesar do sentir. Muito bem escrito, estou a passar por aquela fase de embalagem de champô, não quero que acabe: gasta-se metade em 3 dias, e o resto da embalagem dura 3 meses a acabar... estou a fazer durar o livro....



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